Em noite de lua
cheia, na famosa praia da Baleia, os moradores costumam fechar as janelas com
medo de relembrar a lenda da Cobra de Olho Grande, do tamanho de um prato. Eles
contam que, num tempo de formação da cidade de Itapipoca, surgiram os rumores
sobre esta lenda que perdura até os dias de hoje. Conta-se que, no começo dos
tempos, essa cobra habitava as profundezas do mar. Quando sentia fome, sai e
engolia bois, cabras e gente.
Certo dia, essa cobra
engoliu um padre franciscano e, de imediato, o seu olho cresceu. A partir daí,
o monstro engolidor passou a visar os religiosos de Itapipoca. Dizem que comeu
sete padres, mastigou doze pastores, engoliu três pais de santo, sem falar em um
rabino, dois monges budistas, uma Kombi cheia de seminaristas e 44 freiras. O
olho só crescia, crescia, crescia...
Não demorou muito para que a cidade ficasse em
polvorosa. Afinal, nenhum religioso queria mais ficar por aqui. Então, um sábio
índio desceu da serra e disse que todos os religiosos deveriam deixar as
diferenças de lado e oferecer uma grande festa para acalmar a cobra de olho de
prato. Cada um deveria levar oferendas para a Praia da Baleia na primeira noite
de lua cheia do ano. Os católicos levaram seus terços, os evangélicos, os
salmos e o povo das religiões afros, os atabaques.
A cobra saiu do mar,
viu tanto sincretismo que o olho aumentou tanto que ela perdeu a vontade de
comer os homens de fé.
A história está
contada cabe você acreditar e caso queira comprovar, convidado estar para a
nossa praia visitar. A cobra do olho de prato continua de arrepiar. Todos os
moradores não desejam encontrar. Dizem que é enorme e que precisa se alimentar
para as pessoas devorar. Essa é uma lenda que acabamos de contar e da Praia da
Baleia onde ela estar;
Texto colaborativo de:
Erlane Dantas
Cássia Matias
Emanuelle Irineu
Dalvanice de Sousa
Evaneide Ferreira
Adriana Cosma
Danielle do Nascimento
Vaneila Ramos
Evaneida Muniz
Oficina de Escrita Criativa, 24 de
setembro de 2013, Itapipoca
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