Marystela Ramos
Salustiana colocou os filhos para
dormirem, arrumou a cozinha, tomou banho e foi deitar para descansar, enquanto
aguardava seu marido retornar do trabalho. Já passava das 18h e, por estar
muito cansada, acabou adormecendo, quando de repente acordou ouvindo um barulho
estranho, ao redor da casa, como se fosse uma pessoa andando com as botas
cheias de água. Levantou-se e foi verificar se era seu marido que havia
chegado. Abriu a porta, mas para sua surpresa não havia ninguém, resolveu chamar
por ele na esperança de encontrá-lo e nada...
Já passava das 20h, como Josué não
aparecera Salustiana chamou seu filho mais velho e contou-lhe o ocorrido. Logo
em seguida, voltaram a ouvir o estranho barulho ao redor da casa. Resolveram
sair para ver o que estava acontecendo, quando de repente o inesperado
aconteceu: viram nas imediações do cacau uma luz estranha, firmaram o olhar e
não acreditaram no que viram, seguiram em linha reta atraídos por aquela
estranha visão, tentando compreender que “OLHO” enorme era aquele, no interior
do cacau? Por que estaria aparecendo para eles? O que significava? Continuaram
caminhando em linha reta, mas ao se aproximarem daquele “OLHO”, ele
desaparecia...
Ao chegar em casa, Josué encontra sua
esposa e filhos apavorados, interroga-lhes e toma conhecimento do que havia
acontecido durante a sua ausência, por várias vezes, dia após dia, sempre ao
anoitecer. Seu Josué resolve então, chamar seu filho mais novo e pedir a ele
para trazer o Diácomo, em Canavieiras, para fazer uma oração na fazenda.
No dia combinado a oração foi feita e, a
partir daí a paz voltou ao lar de dona Salustiana e de seu Josué.
Canavieiras-BA,
22/08/2013.
Texto produzido na oficina de escrita criativa
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