segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O OLHO DO CACAU



     Marystela Ramos

 Salustiana colocou os filhos para dormirem, arrumou a cozinha, tomou banho e foi deitar para descansar, enquanto aguardava seu marido retornar do trabalho. Já passava das 18h e, por estar muito cansada, acabou adormecendo, quando de repente acordou ouvindo um barulho estranho, ao redor da casa, como se fosse uma pessoa andando com as botas cheias de água. Levantou-se e foi verificar se era seu marido que havia chegado. Abriu a porta, mas para sua surpresa não havia ninguém, resolveu chamar por ele na esperança de encontrá-lo e nada...
     Já passava das 20h, como Josué não aparecera Salustiana chamou seu filho mais velho e contou-lhe o ocorrido. Logo em seguida, voltaram a ouvir o estranho barulho ao redor da casa. Resolveram sair para ver o que estava acontecendo, quando de repente o inesperado aconteceu: viram nas imediações do cacau uma luz estranha, firmaram o olhar e não acreditaram no que viram, seguiram em linha reta atraídos por aquela estranha visão, tentando compreender que “OLHO” enorme era aquele, no interior do cacau? Por que estaria aparecendo para eles? O que significava? Continuaram caminhando em linha reta, mas ao se aproximarem daquele “OLHO”, ele desaparecia...
     Ao chegar em casa, Josué encontra sua esposa e filhos apavorados, interroga-lhes e toma conhecimento do que havia acontecido durante a sua ausência, por várias vezes, dia após dia, sempre ao anoitecer. Seu Josué resolve então, chamar seu filho mais novo e pedir a ele para trazer o Diácomo, em Canavieiras, para fazer uma oração na fazenda.
    No dia combinado a oração foi feita e, a partir daí a paz voltou ao lar de dona Salustiana e de seu Josué.
   
Canavieiras-BA, 22/08/2013.

Texto produzido na oficina de escrita criativa

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